O This is My City – Intercity Creative Network (TIMC) fez 10 anos, em 2016, e um ciclo se fechou. Na 11a edição, que teve lugar a 15 e 16 de Dezembro, o festival cultural dá os primeiros passos para integrar o Delta do Rio das Pérolas numa rede criativa, promovendo a lusofonia na região e a região na lusofonia, diz o co-fundador e director, Manuel Correia da Silva.

Organizado pela associação cultural +853, o festival TIMC nasceu em 2006 e veio, ao longo de 10 anos, a apresentar-se como o “festival criativo” de Macau, procurando promover diferentes áreas da cultura, como a arquitetura, a música, o design, o cinema.

Segundo Manuel Correia da Silva, o festival cresceu em várias frentes, até mesmo ao nível político, “posicionando-se como agente cultural”. E, se começou por ser um evento da cidade, 10 anos depois, percebe-se que o mundo mudou e que “a própria Macau só faz sentido como parte integrante do Delta [do Rio das Pérolas]”. “Sentimos que a nossa cidade vai muito para além da fronteira que está aqui”, salienta o diretor.

Assim, ao completar 10 anos, o TIMC sentiu “vontade” e “necessidade” de solidificar a evolução que foi sofrendo ao longo do tempo, redesenhando-se. E, tal como a cidade que o viu nascer, também o TIMC está a acompanhar a tendência de integração regional.

Agora que se prepara a 11a edição, Manuel Correia da Silva diz que o TIMC decidiu apostar na promoção da lusofonia na região do Delta do Rio das Pérolas (e vice-versa), mas garante que é a “visão mais contemporânea” do conceito, que “não passa necessariamente pela língua portuguesa”. E irá fazê-lo recorrendo às várias áreas culturais, dando especial ênfase à música. “A música tem um impacto muito mais imediato nos cidadãos, de catarse”, refere.

O TIMC ganha agora o nome de Intercity Creative Network para sinalizar esta mudança de paradigma. E passa de festival para um evento que visa juntar as cidades do Delta numa grande plataforma criativa.